quarta-feira, 6 de novembro de 2013

The Bang Bang Club

 
Veja o trailer aqui
 
Assisti ontem esse filme e gostei muito
 
O período compreendido entre a libertação de Nelson Mandela, em 1990, e sua eleição para presidente, em 94, foi um dos mais violentos da história da África do Sul. A euforia gerada pela libertação do líder negro foi acompanhada de uma intensa onda de terror.
O governo branco sustentava que os distúrbios eram fruto da luta travada entre o CNA (Congresso Nacional Africano), de Mandela, e o Inkatha, partido separatista zulu. Anos depois, ficaria provado que os assassinatos eram planejados pelo governo a fim de abalar a sustentação do CNA e impedir a vitória do partido na primeira eleição em que brancos, negros e coloured votariam em igualdade de condições.
Trabalhando para jornais do país e agências internacionais, os amigos Ken Oosterbroek, Kevin Carter, João Silva e Greg Marinovich fotografavam os conflitos na periferia de Joanesburgo. Os quatro ganharam um apelido de uma revista sul-africana: Clube do Bangue-Bangue - rótulo a que resistiram inicialmente, mas que terminaram por assumir.
As fotos do Clube contribuíam para chamar a atenção do mundo para o que ocorria na África do Sul e receberam prêmios internacionais, como o Pulitzer. Mas os quatro fizeram, cada um a seu modo, uma descida aos infernos. Unidos pela terrível experiência de registrar os massacres, eles experienciaram um profundo dilema ético: quando se presencia um assassinato, é melhor socorrer a vítima ou fotografar? Dilacerados pela violência extrema e pela obstinação em obter a melhor foto, cumpriram trajetórias distintas, mas marcadas pela mesma dificuldade: lidar com a impossibilidade de registrar os acontecimentos e, ao mesmo tempo, ajudar as pessoas em perigo.
Ken Oosterbroek morreu durante uma batalha na cidade-dormitório de Thokoza, em 1994. Kevin Carter suicidou-se aspirando a fumaça de seu carro. O sul-africano Greg Marinovich e o moçambicano João Silva sobreviveram, e refazem em O Clube do Bangue-Bangue uma história que permite entender os lances mais violentos de um combate selvagem e dá contornos tão humanos quanto dramáticos ao dia-a-dia de um correspondente de guerra.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Elvis Presley Suspicious Minds Live in Las Vegas (Official Video)



Pra quem me conhece, pelo menos um pouco, sabe que Elvis é meu ídolo.
Tenho discos, cds, camisetas, fotos, filmes e sempre que posso aproveito isso.
Gosto das músicas, do estilo que se vestia e principalmente do modo que encarava tudo isso.
Para um caipira nascido no interior e sem nunca ter saído mundo afora ele chegou bem longe.
Era uma época diferente, onde a vendagem de disco era uma consequência do trabalho e não um objetivo. Onde nunca se fez um show para 50 ou 100 mil pessoas. Muito diferente do que acontece hoje. Era um tempo em que se vivia a plenitude do rock em toda sua rebeldia, energia e ingenuidade.
Há exatos 36 anos, Elvis nos deixava. Deixava de ser um astro para se tornar uma lenda. Uma lenda que vive até hoje nas lembranças de quem teve o privilégio de viver naquela época, mas  vive também no imaginário de nossos descendentes sob nossa influencia e viverá por muito tempo ainda. Uma lenda não morre. Somos uma nação de fãs, espalhados pelos quatro cantos deste mundo.
Viva Elvis. Elvis Vive!

Candido Cordeiro

quarta-feira, 17 de julho de 2013

London London



Quando o RPM lançou esta música, era a época que antecedia minha ida à Brasília, para prestar o serviço militar. Lembro que era um tempo de muita ansiedade, pois não tinha ideia do que me esperava no planalto central. Estava estudando, trabalhando e meu pequeno mundo se concentrava
aqui, na pequena e pacata São José. Era também a época que o "Rock Nacional" desabrochava... E eu, como a maioria dos jovens daqueles dias, ouvia muito esta banda - RPM - pelas letras diferenciadas e jeito revolucionário. Mas foi a regravação de "London London", música de Caetano Veloso, com uma pegada mais lenta que, de certa forma, me acalantava. Quando cheguei ao Distrito Federal, em regime de quarentena na caserna, nas raras horas que se podia parar um pouco e dar sorte de ouvir radio, esta música me resgatava e me trazia de volta as minhas origens e a seu som procurava imagens conhecidas nas recordações de minha memória. Hoje, quando a escuto, a situação se inverte, em minhas recordações me vejo lá de farda e arma em punho contando os dias para meu retorno.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

O futuro não é mais como era antigamente.

O futuro não é mais como era antigamente.
Hoje com o excesso de excessos, todo mundo pode tudo.
Temos informação em tempo real, acessibilidade, recursos e até dinheiro.
Qualquer um tem um celular com câmera de trocentos  megas que faz filminho e Hd.
Mas o pior excesso é o da falta de vontade de usar isso para o "bem". Ficamos o dia inteiro em redes sociais  compartilhando piadas, frases de efeito que não passam de frases de efeito.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

I Just can't Belivie



Eu Não Consigo Deixar De Acreditar

Eu não consigo deixar de acreditar

Quando ela sorri doce e gentilmente
...
Com um toque do cheiro da mnhã

E a promessa do amanhã em seus olhos

Eu não consigo deixar de acreditar

Quando ela está deitada pertinho ao meu lado

E meu coração bate no ritmo de sua respiração


Dessa vez a garota irá ficar

Dessa vez a garota irá ficar

Por mais do que um dia


Oh, eu não consigo deixar de acreditar

Quando ela segura minha mão

E sente tão pequena e indefesa

Conforme minha mão abraça a dela como uma luva


Eu não consigo deixar de acreditar

Quando ela está sussurrando sua mágica

E suas lágrimas estão brilhando

Doce mel com amor

Dessa vez a garota irá ficar

Dessa vez a garota irá ficar

Por mais que um dia

Por mais que um dia

segunda-feira, 3 de junho de 2013

PALAVRAS AO VENTO!


É estranho como algumas palavras ecoam em nosso íntimo. As vezes milhares de frases entram e saem pelo nossos ouvidos assim-assim. Mas existem algumas que nos fazem parar por um instante, por horas ou nos assombram por dias. Palavras que doem, que incomodam e nos despertam uma espécie de reflexão. Dias atrás, em uma conversa (...na verdade não era bem uma conversa) a palavra "egoísta" foi pronunciada com uma intensidade que me constrangeu. Seria eu um egoísta? Logo eu que me acho tão altruísta, tão dedicado ao bem estar alheio, tão prestativo... Isso ficou na minha cabeça remoendo meus arquivos cerebrais. Tal sensação me levou a outra reflexão, essa bem mais complicada. - Será que estou sendo egoísta ao ponto de querer me convencer que estou fazendo a coisas certas da maneira correta? - Será que não deveria assumir o meu egoísmo e me declarar  publicamente: - Sou egoísta. Vou cuidar de mim, do que gosto e do que quero de uma maneira mais "egoísta". Sem me preocupar com consequências, resultados ou palavras que incomodam. Talvez se agisse dessa forma a palavra que tanto me desconfortou não mais o fizesse e talvez então o meu egoísmo não permitisse ser tão "egoísta".

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Feliz Aniversário Clint.

Hoje é aniversario do Clint Eastwood.
Para mim um dos mais completos artistas da atualidade. Desde seus primeiros filmes de ação até hoje em dia como produtor e diretor vem se superando a cada trabalho. De forma simples e objetiva consegue lapidar seus temas de uma forma única e especial.
Feliz aniversário Clint.



Se eu fosse mais disciplinado, poderia ter sido músico

por CLINT EASTWOOD

Primeiro, eu era mais alto do que a maioria das crianças na escola. Depois, estávamos sempre nos mudando. Redding. Sacramento. Pacific Palisades. De volta a Redding. De volta a Sacramento. Nilesaltão desengonçado. Vamos testá-lo.” Eu era tímido, mas passei grande parte da infância socando os valentões.

Meu pai tinha um casal de filhos no início da Grande Depressão. Não havia emprego. Não havia previdência social. Mal se conseguia sobreviver. Naquele tempo as pessoas eram mais duronas.

Vivemos numa geração meio mariquinha, todo mundo diz: “Vamos lidar psicologicamente com isso?” Naquela época, você simplesmente sentava o pau e resolvia na porrada. Mesmo que o cara fosse mais velho e fortão, pelo menos você era respeitado por encarar a briga, e te deixavam em paz.

Não sei se dá para dizer exatamente quando começou essa geração mariquinha. Talvez tenha sido quando as pessoas começaram a se perguntar sobre o sentido da vida.

Se eu fosse mais disciplinado, poderia ter sido músico.

Meu pai morreu subitamente aos 63 anos. Simplesmente caiu morto. Por muito tempo, me perguntava: Por que não joguei mais golfe com ele? Por que não passei mais tempo com ele? Mas quando se está tentando fazer sucesso, a gente ignora essas pequenas coisas. Isso te dá um certo arrependimento mais tarde, mas não há nada que se possa fazer. Você simplesmente segue em frente.

Detalhes menores são menos importantes. Vamos em frente com as coisas realmente importantes.

O que aconteceu é que eu estava indo para a faculdade em 1950. Los Angeles City College. Um cara que eu conhecia frequentava um curso de interpretação nas noites de quinta-feira. Ele me falou das meninas bonitas e disse: “Por que você não vem comigo?” Então, eu provavelmente tinha segunda intenção além da ideia de ser ator. E ele estava certo. Tinha muitas garotas e poucos rapazes. Eu disse: “Mas é claro, eles precisam de mim aqui.” Acabei na Universal como ator contratado.

As pessoas no mundo inteiro adoram western. Tem aquela fantasia em relação a um sujeito que luta contra os outros. Ou até mesmo um mau sujeito e os outros. É um contexto mais simples, um mundo sem lei.

O último que fiz foi em 92. Os Imperdoáveis. Um roteiro maravilhoso. Mas parecia o fim da linha para mim nesse gênero, porque resumia tudo o que eu sentia sobre o western naquele momento.

Tive um problema no Conselho Municipal. Me lembro de me levantar e ver uma senhora que estava tricotando o tempo todo, sem nunca erguer os olhos. “Não, não, não”, ela dizia. E eu pensei: Não pode ser assim. Quando você é eleito, tem que pelo menos fingir que está interessado no que as pessoas estão fazendo. Como é que alguém tem a cara de pau de simplesmente ficar sentado e não prestar atenção, não interagir? Isso precisava ser corrigido.

Ganhar a eleição é o tipo da notícia boa e má. Ótimo, agora você é o prefeito. A má notícia: agora você é o prefeito.

Garantir que as palavras “servidor público” não sejam esquecidas. Por isso eu me candidatei. Porque pensei, eu não preciso disso. O fato de eu não precisar me fez pensar que eu poderia fazer mais. É das pessoas que precisam disso que eu desconfio.

Barack Obama seria inimaginável quando eu era criança. Muitas orquestras grandes vinham a Seattle quando eu era jovem. Os músicos podiam tocar, mas não podiam frequentar o clube.

ocê precisa conhecer alguém realmente, ser amigo de verdade. Minha mulher é a minha melhor amiga. É claro que eu me sinto atraído por ela, mas não se trata disso. Já me senti atraído por outras pessoas, mas depois de um tempo não conseguia mais suportá-las.

Tenho filhos com outras mulheres. Tenho que reconhecer o mérito de Dina por reunir todos eles. Ela nunca teve aquela coisa de ego da segunda mulher. O instinto natural poderia ter sido de matar todo mundo, uma mentalidade de mulher das cavernas. Mas ela conseguiu juntar todos. Ela é simpática com a minha primeira mulher, amigável com minhas ex-namoradas. Ela se esforçou para unir todos nós. Isso exerceu imensa influência na minha vida.

Não, eu não tenho que treinar aquele grunhido. Simplesmente vou lá e faço. Quando você está no personagem, você está no personagem. Não fico pensando: Vou grunhir aqui, o u vou gemer ali.

É por isso que não ensaio muito e filmo imediatamente. Tenho ideias sobre para onde gostaria de levar o personagem, mas nós dois acabamos indo juntos.

Estávamos fazendo Na Linha de Fogo. John Malkovich está no topo de um prédio, numa situação bem precária. Meu personagem é louco, saca uma arma e enfia na cara de John, e John põe a boca no cano da arma. Eu não tenho ideia de que tipo de símbolo maluco era aquele. Nós certamente não ensaiamos nada parecido. Tenho certeza que ele não pensou naquilo quando ensaiamos. Simplesmente estava lá. Como sir Edmund Hillary falando sobre o porquê de fazer alguma coisa: porque está lá. É por isso que se escala o Everest. É como um pequeno intervalo de tempo, e assim como uma ideia vem rápido, você simplesmente a joga fora e descarta. É só fazer antes de descartá-la.

Continuamos dizendo sempre: “Chegamos até aqui, não vamos estragar tudo pensando.”

Você olha para um Velásquez da fase escura e pergunta: Como é que ele conseguiu pintar assim? Tenho certeza que ele não disse para si mesmo: “Estou aqui na minha fase escura, então tenho que pintar dessa maneira.” Ele simplesmente pintou. É quando a verdadeira arte tem a chance de entrar em cena.

Menina de Ouro ganhou o Oscar. Foi legal, foi ótimo. Mas não dá para se impressionar com isso. Muitíssimos filmes bons não ganharam o Oscar, então isso não tem muita importância. Cartas de Iwo Jima foi indicadas ao Oscar. Não ganhamos, mas aquele filme era o melhor que eu poderia fazer. Será que ele merecia menos do que algum outro filme? Mas há outros aspectos que entram em jogo. No final, você tem simplesmente que ficar feliz com o que fez. Ali está você.


terça-feira, 28 de maio de 2013

As "Pin-up girls" de Gil Elvgren

Antes que as imagens pudessem ser manipuladas com photoshop, surgiu na  América imagens de ideais de beleza das chamadas “pin-up girls” com pintura à moda antiga e fotografia. Estas imagens revelam as técnicas por trás das fotos, aplicadas pelo famoso pintor de pin-up girls, Gil Elvgren. Após a foto ser tirada, ele iria transformar as imagens em pinturas e o resultado é impressionante.








sexta-feira, 24 de maio de 2013

FOTOGRAFIA DE CONFLITO



Hoje, com a banalização da fotografia, onde qualquer um que tenha um celular já se considera um fotógrafo, poucas áreas sobrevivem com a necessidade real de um profissional com bagagem, sentimento e amor ao que faz.

quarta-feira, 20 de março de 2013

SEGREDO

Os dois conversam:

- Todo mundo tem segredos. Fala com convicção o primeiro
- Eu não tenho! Afirma o segundo.
- Como "não tem"? Todo mundo tem. Ora essa. Indignasse o primeiro.
- Eu não tenho! Reafirma o segundo.
- Capaz! Todo mundo tem um segredo, segredinho que seja, mas todo mundo tem...
- Não tenho. Já disse que não tenho.
- E por que não tem?
- Ha! Isso eu não posso dizer...

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

DOIS DISCOS



Dois discos

Lembro-me dos dois primeiros discos que comprei. Meu pai tinha comprado um 3 em 1 – Rádio, toca-fitas e toca-discos – em “vezes” nas Pernambucanas e isso foi o máximo. Não tínhamos discos nem fitas, ai eu, com mais ou menos dez anos, juntei todo o meu dinheiro (Quase vinte cruzeiros) e fui até a Bruna Discos, uma das poucas lojas aqui em São José que vendia discos,  ficava ali na Izabel Redentora . Os discos estavam ali expostos e eu louco para levar todos pra casa. Claro que os vinte cruzeiros restringiam um pouco esta hipótese.

Depois de muito analisar me decidi por dois: Os Grandes Sucessos de Raul Seixas que era uma coletânea de seus grandes sucessos que incluía Ouro de Tolo que ouvia à exaustão,  Medo da Chuva – Um hino-, Ttente outra vez, Gita e  o segundo The Best Elvis – Good  Rockin’ Tonight, também uma coletânea reunida em dois discos que entre outras musicas eu adorava SUSPICIOUS MINDS -ALWAYS ON MY MIND -BRIDGE OVER TROUBLED WATER -SWEET CAROLINE  e eu que só conhecia o Elvis da Sessão da Tarde e o Raul do Radio velho que a Mãe ouvia enquanto se ocupava dos afazeres domésticos virei fã assumido, tanto de um como de outro.

Fiquei tão satisfeito com minha aquisição musical que, durante meses não me preocupei em comprar outros discos, ficava ouvindo aqueles e pra mim bastavam. Eram meus companheiros nas tarefas escolares e nos momentos de ócio. Tanto que não lembro qual foi o próximo disco que comprei.

Fico pensando:  - Por que uma criança de dez anos, sem noção musical nenhuma, fez aquela opção?  Dois discos que me acompanhariam até os dias de hoje.

Hoje num mundo tecnológico tão diferente daquele, onde esta tudo a mão, com ipod, mp4, dvds, internet, assim mesmo não resisto quando ao sapear o rádio entre uma estação e outra pesco uma musica daqueles discos. Parece um achado, um prêmio.

Talvez seja.


quarta-feira, 2 de janeiro de 2013