quinta-feira, 30 de julho de 2009

Ciclo


Não sou estudioso de astrologia, muito menos crente. Sei que meu signo é Leão, meu ascendente, segundo um site free que consultei, deve ser gemeos, que meu planeta regente e Marte ( o Deus da Guerra), fora isso... Mas devo confessar, quando chega esta época do ano, alguma coisa acontece comigo, fico inquieto, insatisfeito e minha rotina se altera.
Claro que isso pode ser "psicológico" por causa de tantos aniversários comemorados. O fato é que alguma coisa acontece, talvez Marte esteja onde deveria estar e a Lua não tenha nada com isso e que eles nem estejam alinhados. Sinto uma vontade louca de renovar, de rever conceitos e mudar o que estou fazendo, seja lá o que for. E este ano pode piorar , tem até eclipse. Meu universo astral esta a mil, como se cobrasse o fechamento de um ciclo. Pedindo soluções e exigindo mudanças, apressando meu tempo.

terça-feira, 21 de julho de 2009


Sempre que entrava no carro, logo pela manhã, já ligava o rádio em algum noticiário, para ficar “por dentro” do que acontecia no meu pequeno planeta. Se a gente parar pra pensar; só tem noticia ruim. Não que não aconteçam coisas boas, mas as ruins ganham muito mais espaços. Isso de certa forma influenciava o decorrer do dia.
Hoje quando acordei liguei o radio e sintonizei o Café com Rock da 91 Radio Rock e estava tocando “Ruby Tuesday” dos Rolling Stones , em seguida tocou “the House of de Rising Sun” do The Animals. O efeito é totalmente contrário aos dos noticiários. Faz bem. A música nos leva a pensar em coisas boas, mesmo que imaginárias. Um político não vai deixar de ser corrupto, nem a gripe A1N1 vai ser erradicada porque eu estou ouvindo música, mas com certeza eu vou estar muito melhor pra lidar com isso durante o dia.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Se Puder Sem Medo

Se Puder Sem Medo
Oswaldo Montenegro

Deixa em cima desta mesa a foto que eu gostava
Pr'eu pensar que o teu sorriso envelheceu comigo
Deixa eu ter a tua mão mais uma vez na minha
Pra que eu fotografe assim meu verdadeiro abrigo
Deixa a luz do quarto acesa a porta entreaberta
O lençol amarrotado mesmo que vazio
Deixa a toalha na mesa e a comida pronta
Só na minha voz não mexa eu mesmo silencio
Deixa o coração falar o que eu calei um dia
Deixa a casa sem barulho achando que ainda é cedo
Deixa o nosso amor morrer sem graça e sem poesia
Deixa tudo como está e se puder, sem medo
Deixa tudo que lembrar eu finjo que esqueço
Deixa e quando não voltar eu finjo que não importa
Deixa eu ver se me recordo uma frase de efeito
Pra dizer te vendo ir fechando atrás da porta
Deixa o que não for urgente que eu ainda preciso
Deixa o meu olhar doente pousado na mesa
Deixa ali teu endereço qualquer coisa aviso
Deixa o que fingiu levar mas deixou de surpresa
Deixa eu chorar como nunca fui capaz contigo
Deixa eu enfrentar a insônia como gente grande
Deixa ao menos uma vez eu fingir que consigo
Se o adeus demora a dor no coração se expande
Deixa o disco na vitrola pr'eu pensar que é festa
Deixa a gaveta trancada pr'eu não ver tua ausência
Deixa a minha insanidade é tudo que me resta
Deixa eu por à prova toda minha resistência
Deixa eu confessar meu medo do claro e do escuro
Deixa eu contar que era farsa minha voz tranqüila
Deixa pendurada a calça de brim desbotado
Que como esse nosso amor ao menor vento oscila
Deixa eu sonhar que você não tem nenhuma pressa
Deixa um último recado na casa vizinha
Deixa de sofisma e vamos ao que interessa
Deixa a dor que eu lhe causei agora é toda minha
Deixa tudo que eu não disse mas você sabia
Deixa o que você calou e eu tanto precisava
Deixa o que era inexistente e eu pensei que havia
Deixa tudo o que eu pedia mas pensei que dava


terça-feira, 7 de julho de 2009

Viva Cazuza

Sempre gostei do Cazuza, desde o tempo do Barão Vermelho.
Um cara que teve a coragem que a grande maioria de seus contemporaneos não teve. Rebelde, poeta, visionário.
No dia 07 de julho de 1990 ele perdeu a luta. Não sem antes travar um duelo, como os medievais, contra seu destino. Virou referencia.
Blues da Piedade
Cazuza
Composição: Roberto Frejat/Cazuza
Agora eu vou cantar pros miseráveis
Que vagam pelo mundo derrotados
Pra essas sementes mal plantadas
Que já nascem com cara de abortadas
Pras pessoas de alma bem pequena
Remoendo pequenos problemas
Querendo sempre aquilo que não têm
Pra quem vê a luz
Mas não ilumina suas minicertezas
Vive contando dinheiro
E não muda quando é lua cheia
Pra quem não sabe amar
Fica esperandoAlguém que caiba no seu sonho
Como varizes que vão aumentando
Como insetos em volta da lâmpada
Vamos pedir piedadeSenhor, piedade
Pra essa gente careta e covarde
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Lhes dê grandeza e um pouco de coragem
Quero cantar só para as pessoas fracas
Que tão no mundo e perderam a viagem
Quero cantar o blues
Com o pastor e o bumbo na praça
Vamos pedir piedade
Pois há um incêndio sob a chuva rala
Somos iguais em desgraça
Vamos cantar o blues da piedade