Algum tempo atrás fui chamado para fazer umas fotos em uma casa de repouso, confesso que não gosto muito desse tipo de trabalho, porque me envolvo com o assunto e por muitas vezes esqueço que estou trabalhando. Neste caso, fiquei um pouco chocado com as cenas que tive que registrar. Pessoas idosas, me olhando, curiosos por saber o que fazia ali, registrando seu cotidiano, prestativos, porém desconfiados, como a vida lhes ensinou a ser. A grande maioria, abandonado pelos próprios filhos e famílias, transmitiam uma tristeza de mágoa, sem entender direito o que faziam ali, se afinal deram a vida pra educar, alimentar e ensinar seus descendentes. Cumpri minha missão e fui.
Tempos depois foi a vez de fotografar um orfanato, outra vez, contrariado fui fazer as fotos e a sensação de indisposição veio a tona, entendam: Não são os idosos ou as crianças que me incomodam e sim a situação a que se sujeitam, por uma mera questão de sobrevivência. As crianças mais curiosas, se aproximaram, mexeram no equipamento e umas até se atreveram a questionar a minha presença ali.
A diferença entre os idosos e as crianças era tênue, mas existia. Nas crianças dava pra ver no olhar um brilho diferente, que não se via nos olhares cansados dos velhinhos. "A Esperança". A esperança de um dia serem levados dali por uma família, a de estudar , crescer, vencer. Por mais que a situação não fosse a deseja, havia sim, uma esperança.
Faço aqui um convite: Vamos olhar 2009 como uma criança, vamos buscar aquele brilho de esperança no olhar. Não podemos nos conformar, como os velhinhos que pacientemente esperam seu fim. Podemos ser crianças, podemos estar perdidos, sem orientação, mas temos esperança, no amanhã. no futuro, em nós.
Tempos depois foi a vez de fotografar um orfanato, outra vez, contrariado fui fazer as fotos e a sensação de indisposição veio a tona, entendam: Não são os idosos ou as crianças que me incomodam e sim a situação a que se sujeitam, por uma mera questão de sobrevivência. As crianças mais curiosas, se aproximaram, mexeram no equipamento e umas até se atreveram a questionar a minha presença ali.
A diferença entre os idosos e as crianças era tênue, mas existia. Nas crianças dava pra ver no olhar um brilho diferente, que não se via nos olhares cansados dos velhinhos. "A Esperança". A esperança de um dia serem levados dali por uma família, a de estudar , crescer, vencer. Por mais que a situação não fosse a deseja, havia sim, uma esperança.
Faço aqui um convite: Vamos olhar 2009 como uma criança, vamos buscar aquele brilho de esperança no olhar. Não podemos nos conformar, como os velhinhos que pacientemente esperam seu fim. Podemos ser crianças, podemos estar perdidos, sem orientação, mas temos esperança, no amanhã. no futuro, em nós.
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